Transição de Juliana Pavan aponta caos na gestão Fabrício

Comissão revela desleixo com dinheiro público, saúde sucateada e alerta para desafios críticos em Balneário Camboriú.
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Tihh Gonçalves
Auri Pavoni, Nilson Probst, Leandro Indio, Juliana Pavan, Diego Montibeller e Jade Martins ( Foto Ed Jr/Biel Carboni)

A prefeita eleita e sua equipe de transição não economizaram palavras ao detalhar o estado caótico deixado pela gestão de . Na coletiva de imprensa desta quarta-feira (18), as revelações chocaram até os mais atentos: documentos da saúde jogados às traças, prédios públicos em ruínas, crise hídrica iminente, e uma lista extensa de problemas em praticamente todas as áreas do município.

Documentos ao vento e prédios em ruínas

Entre os absurdos apresentados, Jade Ribeiro, líder da comissão da saúde, exibiu fotos de documentos largados em prédios abandonados. Um desses espaços, a antiga Secretaria de Segurança, custa R$ 25 mil por mês de aluguel à prefeitura, mesmo sem uso.

Já a sede da prefeitura e a Casa Linhares (subprefeitura no Bairro da Barra) foram apontadas como um retrato da falta de manutenção, com risco até de paredes desabarem.

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rontuários médicos, ‘guardados’ de qualquer jeito (Ed Jr/Biel Carboni)

Crise hídrica e praias impróprias

, futuro diretor da , alertou para uma crise de abastecimento de água entre os dias 28 de dezembro e 5 de janeiro, pedindo imediata. Ele também revelou que, nos últimos três anos, perdeu a capacidade de tratar esgoto adequadamente, deixando a praia imprópria para banho.

Segurança em xeque

, futuro secretário de Segurança, expôs o colapso no efetivo da Polícia Militar, com uma redução de mais de 30%. Ele prometeu mudanças na escala da Guarda Municipal, triplicando viaturas em horários de maior movimento, especialmente à noite.

Saúde: o maior desafio

A saúde pública foi descrita como um campo minado. Jade Ribeiro relatou superlotação no Hospital Ruth Cardoso e uma fila de 1.900 pessoas aguardando atendimento psicológico no CAPS. Enquanto isso, agentes de combate à , essenciais para o enfrentamento de um surto iminente, sequer foram contratados.

Educação abandonada

, futura secretária de , destacou a precariedade das escolas municipais, com goteiras e estruturas caindo. A licitação de uniformes escolares foi atrasada, mas há peças guardadas que serão distribuídas como solução emergencial.

Problemas administrativos e financeiros

Com um déficit de R$ 500 milhões na previdência municipal (BC Previ) e contratos vencidos ou sonegados, a futura equipe de administração, liderada por Ary Souza, se depara com indícios de descarte irregular de alimentos e medicamentos.

Turismo e urbanismo em risco

A emblemática Passarela da Barra precisa de reparos urgentes, pois está balançando e pode ser interditada. Além disso, o município enfrenta risco de multas pesadas por falta de alvará do Patrimônio da União.

Passarela da Barra precisa de atenção urgente (Foto Ed Jr/Biel Carboni)

O futuro promete ser desafiador

Apesar dos problemas, Juliana Pavan demonstrou otimismo e prometeu resultados rápidos, priorizando eficiência e agilidade. O plano é reorganizar o município com medidas de impacto já nos primeiros 180 dias de governo.

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