
Fernando Collor de Mello, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, passou menos de 10 dias no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió. Nesta quinta-feira (1º), o ex-presidente foi liberado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Agora, a pena será cumprida em casa, por decisão que o tribunal classificou como “humanitária”.
A defesa alegou — e comprovou — que Collor tem uma série de comorbidades graves. A Procuradoria-Geral da República concordou com a medida, e Moraes autorizou o benefício. Mesmo condenado por envolvimento em um esquema de R$ 20 milhões em propina, o ex-presidente teve garantido o direito de cumprir pena no próprio lar, com tornozeleira eletrônica.

Condenado, mas confortável
O novo regime tem suas regras: sem passaporte, sem visitas (exceto familiares, advogados e equipe médica) e com monitoramento eletrônico. Mas entre um colchão de cela e a própria cama, a Justiça mostrou mais uma vez como consegue ser flexível para quem já teve endereço no Planalto.
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“A medida é excepcional e proporcional à faixa etária e ao quadro de saúde do ex-presidente”, disse o procurador-geral Paulo Gonet.
Collor foi condenado pelo STF a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema que envolveu a BR Distribuidora. A ordem de prisão saiu em abril, mas nem completou duas semanas. O sistema, como se sabe, tem atalhos — para alguns, pelo menos.
Justiça para poucos
Collor agora integra a lista de políticos que não chegam a sentir o peso da punição como o cidadão comum. Condenado, sim. Privado de liberdade? Nem tanto. É a Justiça brasileira mostrando que, para alguns, a sentença vem com manual de instruções e direito a delivery.