
A manhã desta quinta-feira (1º) marcou o início da Safra da Tainha 2025 em Balneário Camboriú com um ato simbólico nas areias da Praia Central. O rancho da rua 2700 foi o ponto de encontro para pescadores, famílias, autoridades e apoiadores da pesca artesanal.
Em clima de emoção, a prefeita Juliana Pavan destacou o valor cultural da atividade. “A pesca da tainha é muito mais do que uma atividade econômica, ela é a alma de Balneário Camboriú”, afirmou. Ela também prometeu apoio da prefeitura para garantir segurança e estrutura aos pescadores durante toda a safra.
Após uma oração coletiva, a primeira canoa foi lançada ao mar, dando início oficial à temporada. Para o pescador Willyan Corrêa, de 42 anos, esse é um momento de paixão e tradição. “Sou descendente de pescadores e sempre faço questão de participar”, contou.
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Expectativa e primeiros resultados
Logo nas primeiras horas, as redes já trouxeram cerca de 240 quilos de peixe — ainda não tainha, mas tanhota e parati. “Estávamos contando os minutos. À meia-noite já estávamos no mar”, disse Ronan Vignoli Pinheiro, presidente da Associação de Pescadores de Arrasto de Praia.
A estreante da vez foi a pescadora Jéssica Silva, emocionada por participar da sua primeira safra. “Independentemente da quantidade, é uma alegria imensa fazer parte disso”, disse.
Estrutura e fiscalização
A safra vai até 31 de julho e acontece em nove pontos das praias da cidade. A Prefeitura montou infraestrutura com contêineres, banheiros e tendas nos ranchos da Praia Central e nas Praias Agrestes.
Para proteger a pesca artesanal, patrimônio imaterial da cidade desde 2019, foi lançada a campanha “Mar de Tradição, Respeite o Pescador”. A ideia é conscientizar turistas e moradores sobre a importância da prática.
Durante o período, o uso de embarcações motorizadas está proibido próximo à orla. A fiscalização será feita com apoio da Guarda Municipal, Marinha e Polícia Ambiental — inclusive com uso de drones. Denúncias podem ser feitas pelo número 153.
“Com essa campanha, queremos garantir que o pescador tenha o respeito que merece e que essa tradição continue viva”, destacou Allan Müller Schroeder, diretor da Fundação Cultural.