Saúde Pública

Processo de estadualização do HMRC é apresentado à sociedade civil organizada em Balneário Camboriú

Encontro aconteceu nesta terça-feira (17), na sede do Sinduscon, reunindo autoridades e representantes da sociedade civil para discutir o futuro do Hospital Ruth Cardoso.
Redação Café News
Foto: Foto/Divulgação/Marcos Brito/Prefeitura de Balneário Camboriú
Foto: Foto/Divulgação/Marcos Brito/Prefeitura de Balneário Camboriú

A realizou nesta terça-feira (17) uma reunião com representantes da sociedade civil organizada e autoridades políticas municipais e estaduais para apresentar o processo de estadualização do . O encontro, conduzido pela , aconteceu na sede do e reuniu entidades de classe, conselhos municipais e associações de bairros.

Estiveram presentes também no encontro o vice-prefeito, ; o secretário da Casa Civil, ; a secretária de Saúde, ; vereadores e os deputados estaduais Ana Paula da Silva, e Ivan Natz. O secretário de estado da Saúde, , participou da reunião de forma online e foi representado presencialmente pelo Superintendente de Atenção à Saúde, Willian Westphal.

“O processo de estadualização já foi apresentado à imprensa, mas sentimos também a necessidade de fazer este encontro com a sociedade civil organizada, como forma de garantir a transparência e promover o diálogo. Nosso objetivo é unir a cidade e não dividi-la, por isso organizamos este momento, para que a comunidade tivesse a oportunidade de tirar as dúvidas e entender o porquê e o que será feito”, ressaltou a prefeita.

Na ocasião, foi apresentado um histórico do hospital, desde sua fundação em 2008, bem como sua situação atual.

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“A estadualização não significa que o município está fugindo da responsabilidade, muito pelo contrário. A medida foi uma decisão feita de forma responsável para manter os atendimentos”, pontuou.

A prefeita recordou que o HMRC foi projetado para atender entre 130 e 140 mil habitantes e que, hoje, atende um raio de um milhão de pessoas.

“Ou seja, a atual estrutura não condiz mais com a demanda e cabe ressaltar que 45% dos pacientes atendidos no hospital são de municípios vizinhos. Neste sentido, só tínhamos dois caminhos: estadualizar ou terceirizar”, explicou.

As tratativas iniciaram ainda em novembro do ano passado, logo após as eleições, mas ganharam força após a prefeita transferir seu gabinete, durante uma semana, ao hospital, no início de maio.

“Tive uma reunião com os vereadores, lá no Ruth Cardoso, e eles demonstraram ser favoráveis à estadualização. Isso foi o que motivou o governo a, de fato, buscar essa medida”, afirmou a prefeita.

Hoje, o município desembolsa cerca de R$8 milhões mensais para a manutenção do hospital, investimento que, com a estadualização, poderá ser utilizado para fortalecer os serviços na rede municipal de saúde. O valor representa uma de aproximadamente R$80 milhões anuais.

“Com esses recursos, poderemos fazer aquilo que é de fato responsabilidade do município, que é fortalecer a atenção básica e os cuidados em prevenção”, defende a prefeita.

Na oportunidade, o secretário da Casa Civil, da Silva, apresentou alguns dados atuais do HMRC. Hoje, são 707 colaboradores admitidos em caráter temporário, cujo contrato vence em setembro e não poderá mais ser renovado. Completam o quadro de funcionários cinco servidores efetivos e 28 comissionados.

“10% do gasto do município com folha de pagamento refere-se ao hospital”, pondera o secretário.

Na matrícula do terreno onde hoje se encontra o hospital constam 400 mil m². Porém, a área que será de fato doada ao estado corresponde a apenas 32 mil m² deste total – ou seja, apenas 10% de toda a área.

Em sua fala, o secretário de estado da Saúde, Diogo Demarchi, garantiu que o processo de transição será feito com muita cautela e transparência.

“Temos um cronograma de ações para que essa construção seja feita da forma mais segura e eficiente possível. Uma equipe técnica irá fazer as visitas ao hospital para entender todo o cenário”, disse.

Ele ressaltou que a estadualização do HMRC vem ao encontro da política do atual governo do estado.

“Já regionalizamos os hospitais de Timbó, Criciúma e e agora vamos fazer o mesmo com o Ruth Cardoso”, afirma.

Próximos passos da transição

  1. Publicação, na sexta-feira (13), do Decreto 12.394/2025, declarando situação de emergência na rede de saúde hospitalar municipal de BC, específico para o Hospital Ruth Cardoso;
  2. Envio, ainda nesta terça-feira (17), do projeto de lei à Câmara de Vereadores, autorizando a doação do hospital ao Estado;
  3. Envio de projeto de lei alterando a estrutura de gestão do hospital e criando superintendência que será responsável pela transição;
  4. Grupo de Trabalho da Secretaria de Estado da Saúde dará entrada no hospital sob coordenação da Diretoria de Supervisão e Controle das OS;
  5. Estado envia à Alesc projeto de lei que autoriza o governo do Estado a receber em doação o Hospital Municipal Ruth Cardoso;
  6. Lançamento do edital de concessão a uma OS no mês de julho;
  7. Estado assume em definitivo o hospital com a finalização da licitação para contratação de organização social que será responsável pela gerência da unidade hospitalar.

A previsão da conclusão da transferência é para setembro de 2025, desde que não hajam recursos judiciais que posterguem o processo licitatório.

Este café foi servido com informações da jornalista .

Foto: Foto/Divulgação/Marcos Brito/Prefeitura de Balneário Camboriú
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