Virada Social

ONU confirma: Brasil deixa a zona da fome após três anos

Brasil estava na lista desde 2022, após retrocesso apontado pela FAO, e volta ao patamar de 2014, quando havia saído pela primeira vez.

tihhgoncalves 28 de janeiro de 2025

Foto: Imagem gerada por IA para ilustrar essa matéria
Foto: Imagem gerada por IA para ilustrar essa matéria

O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome. A confirmação veio da Organização das Nações Unidas (ONU), que divulgou nesta segunda-feira (28) o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025”. Segundo a FAO, agência da ONU para Alimentação e Agricultura, menos de 2,5% da população brasileira está em risco de subnutrição — índice que retira o país da classificação de insegurança alimentar grave.

Três anos depois do retrocesso

O país já havia conquistado esse feito em 2014, também sob o governo Lula. Mas entre 2018 e 2020, a negligência com políticas sociais e alimentares levou o Brasil de volta ao Mapa da Fome. Em 2022, a ONU confirmou o retrocesso. A volta à lista foi resultado direto do desmonte de programas de combate à fome e da falta de ação do governo da época, que ignorou alertas internos e internacionais sobre a escalada da insegurança alimentar.

O anúncio veio da Etiópia

A notícia foi dada durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, realizada em Adis Abeba, na Etiópia. O evento reuniu líderes e especialistas em segurança alimentar de todo o mundo. Para o Brasil, o anúncio representou a correção de uma distorção que marcou profundamente o último ciclo político.

Quem tá por trás da mudança

A reversão veio com a volta de políticas públicas robustas no atual governo. Programas como o Bolsa Família reformulado, a ampliação da oferta de alimentos saudáveis via compras públicas, o fortalecimento da agricultura familiar e o combate aos desertos alimentares ajudaram a tirar milhões de brasileiros da insegurança alimentar. Pela segunda vez, Lula entrega um Brasil fora do Mapa da Fome — um feito raro em um cenário global marcado por crises climáticas e econômicas.

Um país que ainda convive com a fome

Apesar do avanço, o Brasil ainda precisa enfrentar desigualdades estruturais. Regiões inteiras seguem em situação crítica de acesso a alimentos. Especialistas alertam que a fome não desapareceu, mas mudou de rosto — agora concentrada em bolsões de pobreza, nas periferias urbanas e nos interiores esquecidos. Ainda pesa o legado do abandono de anos anteriores, que agravou a situação de milhões de famílias.

O que pode mudar daqui pra frente

Com o país fora do Mapa da Fome, o desafio é manter os índices abaixo do limite crítico e avançar rumo à segurança alimentar plena. A estratégia do atual governo tem sido combinar ação emergencial com políticas de longo prazo. O reconhecimento da ONU reforça que a fome não é destino — é escolha política. E o Brasil, mais uma vez, está mostrando de que lado quer estar.

Este café foi servido com informações da ONU (FAO).