Luto

Morre Arlindo Cruz, aos 66 anos, um dos maiores nomes do samba

Artista enfrentava sequelas de um AVC desde 2017 e morreu nesta sexta-feira no Rio

Redação Café News 08 de janeiro de 2025

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O samba amanheceu mais silencioso nesta sexta-feira (8). Morreu no Rio de Janeiro, aos 66 anos, o cantor e compositor Arlindo Cruz. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. Ele estava afastado dos palcos desde 2017, após sofrer um AVC.

Uma sexta-feira triste no Rio

A morte foi registrada na manhã de sexta-feira. Arlindo vinha enfrentando complicações de saúde desde o AVC hemorrágico que sofreu há mais de oito anos, enquanto tomava banho. De lá pra cá, passou por internações recorrentes, incluindo pneumonia e uma parada cardíaca. Em julho deste ano, sua família revelou que ele havia deixado de responder a estímulos.

O som que encantou gerações

Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo Cruz começou a tocar cavaquinho ainda criança e logo se destacou como músico e compositor. Foi um dos nomes centrais do grupo Fundo de Quintal e, mais tarde, brilhou em carreira solo com discos marcantes como “MTV ao Vivo” e “Batuques do Meu Lugar”. Suas composições se tornaram hinos populares do samba moderno.

Família, fãs e mestres do samba

A esposa, Babi Cruz, foi quem confirmou a morte. Amigos, músicos e fãs já começaram a prestar homenagens nas redes sociais. Arlindo foi parceiro de nomes como Zeca Pagodinho, Sombrinha, Beth Carvalho e Alcione, e teve canções gravadas por grandes vozes da música brasileira.

O tamanho da perda

Arlindo Cruz foi mais que um cantor — foi um dos pilares do samba contemporâneo. Compositor de clássicos como “Meu Lugar” e “O Show Tem Que Continuar”, ele ajudou a manter o gênero vivo e popular em diferentes gerações. Foi indicado cinco vezes ao Grammy Latino e venceu prêmios como o Prêmio da Música Brasileira.

Legado que ecoa

Ainda não há informações confirmadas sobre o velório e enterro. Mas o que já se sabe é que o nome de Arlindo Cruz permanecerá vivo em rodas de samba, palcos e corações por muito tempo. Seu legado musical é extenso, profundo e cheio de sentimento.

O samba não vai esquecer

A voz que embalou tantas histórias agora se cala, mas sua obra segue ecoando. Como ele mesmo cantava: “o show tem que continuar” — e continuará, com cada verso que deixou pra nós.