Ministro Barroso surpreende e anuncia aposentadoria antecipada do STF

Durante o encerramento da sessão plenária desta quarta-feira (9), o ministro Luís Roberto Barroso anunciou que deixará o Supremo Tribunal Federal antes do previsto. O comunicado, feito por volta das 17h40, pegou colegas e observadores de surpresa.

Barroso, que completaria 70 anos apenas em 2028, decidiu antecipar a aposentadoria e encerrar um ciclo de mais de uma década no tribunal. A decisão ainda não tem data exata para se concretizar, mas deve ocorrer até o fim deste ano.

Um adeus no plenário

O anúncio veio de forma breve e discreta. Barroso agradeceu aos colegas e reforçou o compromisso com a Constituição. A notícia, feita sem aviso prévio, rapidamente ganhou os bastidores de Brasília e foi confirmada pelo STF em nota oficial.

Os nomes em jogo

Com a saída, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhará o direito de indicar mais um ministro ao Supremo. Entre os nomes mais cotados estão Bruno Dantas (TCU), Jorge Messias (AGU), Vinícius Carvalho (CGU), Maria Elizabeth Rocha (STM) e Rodrigo Pacheco (Senado). Todos aparecem em listas informais de aliados e juristas próximos ao governo.

Mais do que uma troca

A aposentadoria antecipada de Barroso reconfigura o tabuleiro político e jurídico do Supremo. A cadeira que ele deixa representa uma oportunidade para o governo consolidar uma maioria mais afinada com pautas progressistas e de estabilidade institucional.

O que vem agora

Após formalizar o pedido de aposentadoria, o processo segue para a Presidência da República. Lula fará a indicação e o nome passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado antes de ser votado no plenário. A expectativa é que todo o trâmite ocorra ainda em 2025.

Fica de olho

A escolha do sucessor deve mobilizar o Planalto e o Senado nas próximas semanas. Além dos nomes já ventilados, aliados falam em perfis mais técnicos que possam equilibrar o clima político no tribunal.

Este café foi servido com informações de apuração própria.