
A entrega era por mensagem
A Justiça Eleitoral da 57ª Zona, em Trombudo Central, cassou os diplomas do prefeito reeleito de Pouso Redondo, Rafael Tambozi (PL), e da vice Josane da Silva (PL). Também tornou Tambozi inelegível por oito anos. A denúncia é grave: uso de dinheiro e estrutura pública para comprar votos — com cimento, tijolo e mensagens de WhatsApp com visualização única.
A acusação do Ministério Público Eleitoral sustenta que, em pleno 2024, ano de campanha, a prefeitura distribuiu materiais de construção a moradores, fora de qualquer critério legal. A operação era organizada via celular, com o engenheiro Thiago Esser como peça-chave: contratado temporariamente, ele coordenava entregas por mensagens que sumiam após serem lidas.
Obra ou campanha?
A defesa tentou justificar o repasse como ajuda humanitária após enchentes. Mas a juíza Bruna Luiza Hoffmann foi taxativa: houve desvio de finalidade e objetivo eleitoral. Testemunhas e documentos comprovaram que a “ajuda” tinha endereço certo e interesse direto — garantir votos para o PL em Pouso Redondo.
Não perca tempo e entre no nosso grupo do WhatsApp! Lá você recebe todas as novidades fresquinhas, direto da máquina de café, antes de todo mundo.
Mesmo com o direito a recorrer, a sentença já produz efeitos imediatos. A cidade vai às urnas de novo. Nas redes, Tambozi disse que recebeu a decisão com “serenidade”, mas deixou claro que vai tentar reverter o cenário. Do outro lado, a Justiça já falou: o que era pra ser política virou barganha. E a conta chegou.
“Embora respeite a decisão, discordo dos fundamentos. Estamos tomando todas as medidas legais cabíveis”, escreveu o prefeito em tom conformado.
Rafael Tambozi e Josane da Silva, ambos do PL, foram cassados por usar benefícios públicos para fins eleitorais