Cadê a graça?

Humorista Léo Lins é condenado a mais de 8 anos de prisão por piadas preconceituosas

Decisão da Justiça Federal de São Paulo determina regime fechado e multa milionária por danos morais coletivos.
Redação Café News
Foto: Divulgação
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A condenou o humorista a 8 anos e 3 meses de prisão por fazer piadas consideradas preconceituosas em um vídeo publicado no .

Vídeo polêmico e repercussão

No vídeo em questão, gravado durante o show “Perturbador”, o comediante faz piadas direcionadas a diversos grupos sociais, como negros, idosos, obesos, pessoas com HIV, indígenas, nordestinos, judeus, evangélicos, homossexuais e pessoas com deficiência. O conteúdo ficou disponível por cerca de um ano e ultrapassou 3 milhões de visualizações até ser retirado do ar por ordem judicial.

Condenação exemplar

A sentença foi proferida na última sexta-feira (30), atendendo ao pedido do (MPF), e estipula que o humorista cumpra a pena em regime fechado. Além disso, ele foi condenado a pagar uma multa equivalente a 1.170 salários mínimos de 2022, cerca de R$ 1,4 milhão, e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.

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Humor não é salvo-conduto

Segundo a Justiça, embora a liberdade de expressão seja um direito constitucional, ela não pode ser usada para disseminar o ódio. A decisão destaca que o acusado tinha plena consciência do caráter discriminatório das piadas e, mesmo assim, optou por mantê-las no show e divulgá-las publicamente.

“A impunidade incentiva a repetição de práticas discriminatórias travestidas de piada. A Justiça deve proteger a dignidade humana, não o escárnio”, pontuou o juiz na sentença.

Reação da defesa

A equipe jurídica de Léo Lins se manifestou dizendo que recorrerá da decisão, afirmando que “esse é um triste capítulo para a liberdade de expressão no Brasil”.

E agora?

A defesa vai tentar reverter a condenação nas instâncias superiores. Enquanto isso, o caso abre um novo precedente sobre os limites do humor e o uso de plataformas digitais para disseminar conteúdo ofensivo.

Este café foi servido com informações do UOL e Ministério Público Federal.

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