Espetáculo Vida Marinha movimenta mais de 100 alunos em Balneário Camboriú

O Centro Educacional de Atendimento no Contraturno (CEAC) Projeto Oficinas, de Balneário Camboriú, realiza os ajustes finais para o espetáculo “Vida Marinha: Coleção em Cena”, que combina arte e conscientização ambiental. A apresentação é gratuita e acontece na próxima quarta-feira (13), no Teatro Municipal Bruno Nitz, em dois horários diferentes - às 16h e 19h.

Aproximadamente 150 alunos de 12 oficinas diferentes estão envolvidos na encenação, que surgiu a partir do desfile de figurinos inspirados na diversidade da vida marinha, apresentado em 2023. As peças, criadas e assinadas pelo figurinista do CEAC Cézar Silveira, agora integram a caracterização dos personagens em cena.

A construção das peças surgiu do pedido de uma orientadora do CEAC para contemplar o calendário de atividades da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“Optamos por celebrar a data da Vida Marinha com a confecção dos figurinos, que foram apresentados em um desfile na Passarela da Barra e, desde então, evoluímos a cada ano. Em 2024, foi realizada uma apresentação com as peças e, neste ano, teremos um grande espetáculo”, explicou o figurinista.

Cézar comenta que “inverteu” o processo, já que os figurinos costumam ser criados para determinados personagens.

“Isso foi como figurinos em busca de personagens, e o diretor do teatro fez todo o trabalho cênico para transportar a cena para essas peças, fazendo um casamento bem feliz”, destacou.

Uma construção coletiva

O diretor e roteirista da peça, Guilherme Trautmann, comenta que a dramaturgia será trabalhada por estudantes da Oficina Cia. de Teatro, da 13ª turma, que se encontram aos sábados.

“Nós temos 12 turmas oficiais de teatro. Cada uma conta com estudantes que querem um pouco mais e aí forma-se a Companhia de Teatro do CEAC. Aproximadamente 40 estudantes compõem as cenas e essa costura dramatúrgica do espetáculo”, explicou.

Além da turma de teatro, estão envolvidos na apresentação alunos das oficinas de hip hop, ginástica rítmica, patinação, capoeira, balé, literatura, contação de histórias, informática, inglês, violão, desenho e ambiarte. O projeto também promove a inclusão do corpo docente, gestores, administradores e demais servidores.

“A gente agora provoca o público a refletir a partir das imagens que ele vai assistir, sendo um manifesto sobre a vida e a diversidade da fauna marinha”, pontuou Guilherme.

Professores também entram em cena

Além dos alunos, também haverá cenas protagonizadas por professores do CEAC. A professora de balé do Projeto Oficinas, Camila Lopes Ferreira Provenzano, apresentará uma coreografia feita em parceria com a sua professora, Aline Carili.

“Ela fez a coreografia pensando em toda a estrutura do espetáculo, porque o meu personagem é a planta mais antiga identificada da flora marinha. Há uma ligação entre os meus movimentos com os movimentos da planta, que tivemos que estudar bastante. Estamos com uma expectativa muito grande”, comentou Camila.

A professora de hip hop, Camila Oliveira, além de fazer a direção de algumas cenas com estudantes dos cursos de hip hop e dança contemporânea, também participa da apresentação como performer e assina a Produção e Comunicação do espetáculo.

Impacto e reflexão

Para Lisy Eduarda Silva Vasconcelos, de 13 anos, o tema da performance leva as pessoas a refletirem sobre a importância de preservar o oceano.

“Balneário Camboriú é muito famosa no Brasil e acho que chama muito a atenção abordar sobre a vida marinha por aqui, já que é uma cidade que tem muitas praias. Também tem toda a questão da arte e da moda, que estão conectadas nesse trabalho”, comentou.

Jaqueline Padilha Mendes da Silva, de 13 anos, está ansiosa e com muitas expectativas para sua primeira apresentação na companhia.

“Eu entrei na Cia este ano e estou com o coração acelerado para o evento, que aborda um assunto tão importante como o lixo jogado no mar e como temos que aprender a preservar o meio ambiente”, destacou.

As coreografias e encenações do espetáculo prometem não apenas entreter o público, mas também gerar impacto sobre a preservação dos oceanos.

“Eu acredito que a cena dos polvos será a parte mais impactante da apresentação, com uma ‘briga’ em câmera lenta que vai ser muito legal de assistir”, comentou Izabeli Correa Machado, de 12 anos, uma das integrantes da companhia de teatro.

Cultura acessível

A coordenadora do CEAC, Deise Izonete de Souza, destaca que a apresentação mostra a importância de promover atividades gratuitas para as crianças e adolescentes.

“Essas crianças estão muito bem preparadas para essa apresentação, e os professores orgulhosos em fazer esse trabalho. O espetáculo mostra a grandeza da arte, do teatro e da música por meio das crianças atendidas gratuitamente pelo CEAC”, enfatizou.

Os ingressos para “Vida Marinha: Coleção em Cena” são gratuitos e estarão disponíveis para retirada uma hora antes de cada apresentação.

Este café foi servido com informações da jornalista Aysla Pereira.