Eduardo Bolsonaro acusa Nikolas de se afastar da pauta bolsonarista

A lua de mel entre Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira parece ter azedado de vez. O filho 03 do ex-presidente foi às redes sociais disparar contra o deputado mineiro, acusando-o de dar palco a uma influenciadora que — veja só — deseja a prisão da família Bolsonaro. O episódio virou mais um capítulo da dramédia política que mistura ciúmes, recalque e disputa por likes.

Tudo começou nas redes

Na última segunda-feira (28), o sempre polido blogueiro Allan dos Santos resolveu xingar Nikolas de “canalha” no X (antigo Twitter). O motivo? Uma simples troca de palavras entre o deputado e a influenciadora Deborah Moraes, que se define como “ex-bolsonarista” — algo que, na cabeça de alguns, já é ofensa suficiente. Eduardo então entrou no embalo e respondeu com um tom de desilusão amorosa:

Ela é uma pessoa abjeta, que defende a minha prisão e de minha família. É triste ver a que ponto o Nikolas chegou.

O estopim da crise

A treta atual é só a cereja no bolo. Dias antes, Eduardo já havia alfinetado Nikolas por, segundo ele, não se engajar na defesa contra o tarifaço de Trump — sim, o Donald. Para o 03, Nikolas teria sido “pouco ativo” ao não exigir a anistia de Jair Bolsonaro em troca de qualquer alívio comercial. Tradução: se não estiver gritando “anistia” de megafone, tá vacilando.

Quem tá no meio do fogo cruzado

O elenco do barraco inclui: Eduardo Bolsonaro, o filho ressentido; Nikolas Ferreira, o deputado que achava que era o favorito da família; Allan dos Santos, o comentarista sempre em caps lock; e Deborah Moraes, a influenciadora que apertou o botão de start do caos com um simples “oi”. E ainda tem gente achando que Brasília é entediante.

Por que isso é mais que briga de ego

Por mais cômico que pareça, o episódio escancara o racha interno entre os bolsonaristas. O bolsonarismo raiz exige lealdade total, sem direito a nuance ou diálogo com “traidores”. Já nomes como Nikolas tentam se equilibrar entre o show da base e uma imagem mais pública (ou palatável). Resultado: ninguém confia em ninguém e todo mundo quer ser herdeiro político do pai ausente.

E o que pode vir por aí

Com o clima cada vez mais tóxico, a tendência é que Eduardo siga testando quem ainda está “fechado com o mito”. Nikolas, por sua vez, parece disposto a trilhar um caminho mais independente — ou pelo menos menos submisso. Enquanto isso, o público assiste à implosão lenta de um bloco político que, por muito tempo, fingiu ser coeso. Fica a dúvida: quem vai sobrar pra contar essa história?