
Na última semana, o caso dos 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos gerou revolta e chamou atenção internacional. Os deportados chegaram ao Brasil em um voo fretado pelo governo norte-americano, algemados nos pés e nas mãos, sob condições consideradas desumanas. A reação do governo brasileiro foi imediata, com o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para garantir que os deportados completassem a viagem com dignidade e segurança. Além disso, o presidente Lula anunciou que cobrará explicações formais do governo Trump sobre o ocorrido.
Enquanto o Brasil reagia às deportações em massa, outro episódio acirrou as tensões na América Latina. Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro decidiu suspender voos com deportados colombianos vindos dos Estados Unidos, argumentando que “os EUA não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos“. Essa decisão levou o presidente Donald Trump a anunciar medidas de retaliação, incluindo tarifas de 25% sobre produtos colombianos e sanções diplomáticas, caso o país sul-americano não aceitasse seus cidadãos deportados.
Após dias de tensão, a Colômbia aceitou receber os deportados em voos militares norte-americanos, levando à suspensão das tarifas e sanções propostas. No entanto, o Departamento de Estado afirmou que as restrições de visto e as inspeções alfandegárias rigorosas permanecerão em vigor até que o primeiro voo de deportados seja concluído com sucesso.
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Tensão entre EUA e Colômbia
A decisão de Gustavo Petro de aceitar o acordo com os EUA gerou críticas tanto dentro quanto fora da Colômbia. Analistas políticos consideram que a postura do governo colombiano foi uma tentativa de evitar danos econômicos mais graves, mas levantam questionamentos sobre a relação de poder entre os dois países.
Enquanto isso, líderes da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, têm observado atentamente os desdobramentos do caso, que será um dos temas centrais da reunião emergencial da CELAC.
CELAC convoca reunião emergencial
A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) anunciou uma reunião de emergência para a próxima quinta-feira, dia 30 de janeiro, em Tegucigalpa, Honduras. A presidente hondurenha, Xiomara Castro, que atualmente lidera a CELAC, destacou a urgência do encontro para abordar migração, meio ambiente e a unidade regional. A convocação atendeu ao pedido do presidente colombiano, Gustavo Petro, que busca estratégias conjuntas para enfrentar as políticas migratórias dos EUA e fortalecer a cooperação regional.
Expectativas para a reunião
Espera-se que a reunião da CELAC resulte em uma posição unificada entre os países membros em relação às políticas migratórias dos Estados Unidos. Além disso, líderes regionais, como o presidente Lula, do Brasil, devem propor mecanismos para garantir o respeito aos direitos humanos e à soberania nacional diante das imposições norte-americanas.
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