
A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú vive um novo momento. Sob a liderança da vereadora Ciça Müller (PDT), as ações foram intensificadas em 2025 e os resultados já aparecem: cresceu a procura de mulheres por apoio, acolhimento e orientação nos primeiros meses do ano.
Dos bairros ao Instagram: onde elas estão, a rede chega
A nova fase da Procuradoria tem se feito presente em vários espaços da cidade. Em fevereiro, a campanha “Não é Não” ocupou a Praça Tamandaré para reforçar os protocolos de atendimento em casos de importunação e violência sexual em bares e casas noturnas. Já em março, o evento “Por Elas, Com Elas” reuniu representantes de instituições como a DPCAMI, Instituto Sentir, Rede Catarina, Guarda Municipal e COMUM no Teatro Bruno Nitz, com debates, cultura e mobilização.
Pela primeira vez, a Procuradoria também criou um canal direto com a população nas redes sociais. O perfil @procuradoriamulherbc no Instagram virou ponto de contato para quem não consegue ir presencialmente à Câmara, que mantém atendimentos de segunda a sexta, das 13h às 18h.
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Histórias que pedem resposta rápida
Além das campanhas, a Procuradoria esteve à frente de atendimentos diretos. No primeiro semestre de 2025, foram nove casos acompanhados com denúncias de violência, vulnerabilidades sociais e situações de urgência. Em um deles, uma mulher precisou de apoio para sair de casa em segurança; a resposta veio com o acionamento imediato da Guarda Municipal. Em outro, foi prestado acolhimento psicológico em uma situação delicada de saúde.
A equipe também intermediou conflitos, encaminhou demandas à Defensoria Pública, orientou sobre acesso a direitos básicos e fez articulações com secretarias municipais, sempre priorizando o sigilo e o respeito à privacidade das envolvidas.
Quem faz isso acontecer
Ciça Müller atua como Procuradora Especial da Mulher, com Jade Martins como adjunta. A função, exercida sem remuneração extra, foi criada pela Resolução nº 587/2019 para promover a igualdade de gênero e fiscalizar o cumprimento das leis.
“O retorno tem sido natural, pois muitas mulheres que nunca tinham buscado ajuda agora se sentem à vontade para falar, através de nossos canais”, explica Ciça. “Quando a gente vai até onde as mulheres estão, ouve com respeito e mostra que existe uma rede de apoio funcionando, elas vêm. E estão vindo.”
Por que esse movimento importa agora
A maior procura por apoio mostra que as mulheres estão se sentindo mais seguras para falar e isso é reflexo direto da presença ativa da Procuradoria. Ao aproximar a rede de proteção da população, a Câmara passa a atuar não só no campo legislativo, mas também como porta de entrada para políticas públicas efetivas.
O que vem por aí
Entre os desdobramentos está a criação da Semana Municipal da Mulher, aprovada por unanimidade em projeto de lei apresentado por Ciça e Jade. Também está em curso a mobilização junto ao poder executivo para criar o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher, que deve garantir recursos permanentes para ações de apoio e formação.
A proposta, segundo Ciça, é manter o ritmo e ampliar ainda mais a presença nos bairros. Porque quando elas sabem que tem para onde correr, o primeiro passo já não é mais tão difícil.
Este café foi servido com informações do jornalista Rodrigo Ferreira.
