Drama da oposição

Câmara e Senado viram palco de protesto contra a prisão de Bolsonaro

Com fitas na boca e discursos inflamados nas redes, bolsonaristas encenam “guerra” ao Governo Lula

Redação Café News 05 de janeiro de 2025

Foto: Reprodução
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Bolsonaro preso e a oposição em modo protesto

Após a prisão de Jair Bolsonaro, parlamentares da oposição anunciaram obstrução total dos trabalhos no Congresso Nacional. A estratégia inclui travar votações no plenário e em comissões, como forma de pressionar o governo e demonstrar insatisfação com as decisões do Supremo Tribunal Federal.

A terça-feira em que o Congresso virou vitrine

Na terça-feira (5), em Brasília, deputados e senadores aliados do ex-presidente ocuparam as Mesas da Câmara e do Senado, cobriram a boca com fitas adesivas e se mantiveram em silêncio durante parte da sessão. O gesto, segundo eles, simboliza o protesto contra o que chamam de censura e a falta de liberdade de expressão.

Fita na boca e declaração de guerra

Apesar do silêncio no plenário, as redes sociais e entrevistas foram o espaço escolhido para declarações mais incisivas. “Se é guerra que o governo quer, é guerra que o governo terá”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da oposição na Câmara. Ele defendeu que a obstrução só será suspensa se houver “caminhos para a pacificação”.

Sóstenes, Zucco e os aliados no comando

A ação foi coordenada por Sóstenes e pelo deputado Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), que lidera a oposição. Também participaram outros parlamentares do PL, Republicanos e partidos alinhados ao ex-presidente. O grupo pede também o avanço de pautas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Impacto no funcionamento do Congresso

A obstrução é um instrumento legítimo previsto no regimento do Congresso, mas compromete o andamento de projetos e votações. Comissões importantes devem ser afetadas, assim como pautas urgentes da agenda legislativa. A base governista tenta articular saídas para manter os trabalhos em andamento.