Câmara e Senado viram palco de protesto contra a prisão de Bolsonaro
Com fitas na boca e discursos inflamados nas redes, bolsonaristas encenam “guerra” ao Governo Lula
Bolsonaro preso e a oposição em modo protesto
Após a prisão de Jair Bolsonaro, parlamentares da oposição anunciaram obstrução total dos trabalhos no Congresso Nacional. A estratégia inclui travar votações no plenário e em comissões, como forma de pressionar o governo e demonstrar insatisfação com as decisões do Supremo Tribunal Federal.
A terça-feira em que o Congresso virou vitrine
Na terça-feira (5), em Brasília, deputados e senadores aliados do ex-presidente ocuparam as Mesas da Câmara e do Senado, cobriram a boca com fitas adesivas e se mantiveram em silêncio durante parte da sessão. O gesto, segundo eles, simboliza o protesto contra o que chamam de censura e a falta de liberdade de expressão.
Fita na boca e declaração de guerra
Apesar do silêncio no plenário, as redes sociais e entrevistas foram o espaço escolhido para declarações mais incisivas. “Se é guerra que o governo quer, é guerra que o governo terá”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da oposição na Câmara. Ele defendeu que a obstrução só será suspensa se houver “caminhos para a pacificação”.
Sóstenes, Zucco e os aliados no comando
A ação foi coordenada por Sóstenes e pelo deputado Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), que lidera a oposição. Também participaram outros parlamentares do PL, Republicanos e partidos alinhados ao ex-presidente. O grupo pede também o avanço de pautas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Impacto no funcionamento do Congresso
A obstrução é um instrumento legítimo previsto no regimento do Congresso, mas compromete o andamento de projetos e votações. Comissões importantes devem ser afetadas, assim como pautas urgentes da agenda legislativa. A base governista tenta articular saídas para manter os trabalhos em andamento.