
O vereador Elton Garcia (PSD) resolveu transformar piada em pauta política. Incomodado com falas do humorista Afonso Padilha durante um show em Balneário Camboriú, ele apresentou uma moção de repúdio alegando que o comediante foi machista e desrespeitou a cidade. A iniciativa teve apoio da prefeita Juliana Pavan, também do PSD.
Mas na hora de votar, os colegas da base resolveram sumir. Literalmente. Com o plenário esvaziado, a moção não teve quórum e acabou arquivada, deixando o vereador falando sozinho e o caso sem posicionamento oficial da Câmara.
A polêmica
Padilha, conhecido por usar a própria vivência em periferias e suas observações sociais como combustível para o humor, foi acusado de ultrapassar o limite ao brincar com temas sensíveis durante uma apresentação na cidade. A repercussão gerou desconforto político — mas também dividiu opiniões sobre censura, liberdade artística e o papel do humor.
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“Nosso repúdio é contra qualquer manifestação que ataque a dignidade das mulheres e da nossa cidade”, disse o vereador Elton Garcia ao apresentar a moção.
Mas e agora?
O movimento de esvaziar a votação foi interpretado como uma tentativa de evitar desgaste político maior. Afinal, assumir publicamente uma posição nesse tipo de embate — ainda mais em ano pré-eleitoral — pode custar caro.
Show cancelado
Enquanto isso, o show que Padilha faria no dia 9 de maio em Balneário Camboriú já foi cancelado. E a cidade, que deveria ser palco de arte e diálogo, acabou virando cenário de uma tentativa frustrada de censura.