Durante o papado de Francisco, iniciado em 2013, quatro presidentes passaram pelo comando do Brasil. Três deles se encontraram com o líder da Igreja Católica — o único que ficou de fora da lista foi Jair Bolsonaro (PL).
Ao contrário de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente Bolsonaro nunca teve uma audiência com Jorge Mario Bergoglio (o Papa Francisco). Divergências públicas sobre a Amazônia e um certo distanciamento diplomático ajudaram a esfriar qualquer chance de encontro.

Apesar disso, Bolsonaro lamentou a morte de Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, exaltando a figura do papa como um “sinal de unidade” para os católicos.
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“Mais que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações”, escreveu Bolsonaro no X (antigo Twitter).
Choques sobre a Amazônia
Em 2019, o então presidente reagiu mal a uma mensagem do Papa em defesa dos povos indígenas e da floresta. O Vaticano convocou um Sínodo da Amazônia, e Bolsonaro chegou a colocar a Abin para monitorar o evento, acusando o pontífice de tentar interferir na soberania brasileira.
“Não é como o Papa tuitou ontem, não, tá?”, disse Bolsonaro, em live, criticando a declaração do pontífice.
Enquanto isso, o papa promovia encontros com ONGs e lideranças indígenas, reforçando a pauta ambiental — uma das mais criticadas pelo governo brasileiro na época.
Lula foi o mais próximo
Lula esteve com o Papa três vezes, sendo a primeira em 2020, ainda fora do Planalto. Em 2023, já presidente, voltou ao Vaticano e tratou de temas como a guerra na Ucrânia e combate à fome.

Dilma foi a primeira
Dilma se encontrou com Francisco logo na missa inaugural de 2013 e voltou a vê-lo outras vezes, inclusive na Jornada Mundial da Juventude e como presidente do banco dos Brics.

Temer, por sua vez, participou de missas e compromissos oficiais com o papa, inclusive representando o Brasil em Roma.
