BC: Feira na Avenida Atlântica pode sair do papel antes do verão
Feira mensal deve começar no Barra Sul, com espaço para até 13 expositores
A edição especial durante o Arrancadão de Canoas Artesanais empolgou público e expositores e abriu caminho para um projeto maior: a criação de uma feira fixa na orla de Balneário Camboriú. A Fundação Cultural quer transformar a iniciativa em um evento mensal e, futuramente, semanal.
Praia Central como novo palco
A proposta é instalar a feira no Barra Sul, na Praia Central, aproveitando o espaço e descentralizando as atrações da cidade. A ideia é oferecer estrutura completa e atrair tanto moradores quanto turistas, valorizando a cultura e a produção local.
Experiência de quem já conhece
O diretor de Artes da Fundação Cultural, Ed Rocha Júnior, já foi coordenador das feiras há cinco anos e voltou ao cargo com o objetivo de ampliar o projeto.
“Tenho dedicado muito tempo nisso por entender que a feira é um espaço democrático que une todas as pessoas”, disse.
Modelo inspirado em Santos
Para buscar referências e novas ideias, Ed Rocha Júnior viajou até Santos (SP) e conheceu duas feiras que acontecem simultaneamente na orla. Uma delas é pública, organizada pela prefeitura, e a outra é privada. Lá, ele observou formatos como edições noturnas, presença de DJs, integração com eventos gastronômicos e estratégias para atrair público mesmo fora da alta temporada. Segundo Ed, essas trocas de experiências ajudaram a moldar a proposta da feira de Balneário Camboriú, inclusive com a ideia de manter atrações musicais e temáticas especiais.
Feirantes e critérios de participação
A curadoria é realizada de forma personalizada para cada edição, levando em conta a temática do evento, o perfil do público e a identidade cultural da cidade. A seleção prioriza produtos com forte vínculo local, como artesanatos autorais, gastronomia típica e itens que valorizam tradições regionais. Entre os exemplos estão peças feitas à mão, acessórios em couro de peixe, comidas mineiras, queijos e mel produzidos em Camboriú, além de opções de comida de rua como paella, pastel, crepe e caldo de cana. Todos os feirantes passam por fiscalização da Vigilância Sanitária, garantindo que alimentos tenham procedência e segurança, e que o artesanato seja de produção própria. A proposta é manter um ambiente autêntico e diverso, onde cada expositor contribua para a experiência cultural da feira.
Expansão nas praças
Além da nova feira na orla, a Fundação Cultural trabalha para fortalecer e ampliar as edições que já acontecem nas praças da Bíblia e do Pescador. A meta é aumentar o número de tendas disponíveis, permitindo a participação de mais expositores e oferecendo ao público uma variedade maior de produtos e atrações. Com a recente liberação de espaço na Praça da Bíblia, após a demolição do antigo pipi dog, será possível estender a feira para a ala norte, ocupando toda a praça. Essa ampliação deve beneficiar diretamente produtores locais e artesãos, além de tornar as feiras um ponto de encontro ainda mais atrativo para moradores e turistas.
O que vem pela frente
A expectativa é iniciar a feira mensal na Avenida Atlântica antes do verão, aos sábados e domingos, e no futuro ampliar para edições semanais. A inscrição para as Feiras de Verão abrirá em outubro, prometendo uma temporada com mais oportunidades para produtores locais.