Educação que transforma

Alunas do Recriarte levam Camboriú à FEBIC com projeto sobre mudanças climáticas

Com um projeto sobre mudanças climáticas, grupo do Colégio Recriarte conquista 1º lugar interno e representa Camboriú na maior feira científica jovem do país
Tihh Gonçalves
As alunas Eduarda Sebit Giordani, Raíssa Rocha Viana, Gabriela Oliveira Meiser, Joana Baretta e Letícia Catarina da Silva, e o orientador Maurício Von Ahn, com a placa de homenagem do projeto selecionado para a FEBIC 2025. (Foto: Divulgação)

Cinco estudantes do , de , estão levando o nome da cidade para um dos maiores palcos da ciência jovem no Brasil: a , Feira Brasileira de Iniciação Científica. E estão fazendo isso com um projeto que tem tudo a ver com o nosso tempo: entender como a população percebe e reage às mudanças climáticas globais.

O projeto “Olhares Locais Sobre as Mudanças Globais” é assinado por , , , e — todas alunas do Ensino Médio. A pesquisa nasceu dentro do Projeto RECriar, iniciativa do próprio colégio, e foi orientada por , professor e coordenador de projetos da escola.

“Esse resultado representa o valor de acreditar no potencial dos nossos estudantes. A pesquisa escolar não é só sobre dados, é sobre formação humana e o exercício da cidadania”, resume o professor.

Da sala de aula para as ruas

A proposta do grupo foi investigar como os moradores de Camboriú enxergam o impacto das mudanças climáticas e o quanto estão dispostos a adotar medidas para enfrentar esse cenário. As alunas foram para as ruas, aplicaram questionários nos bairros Centro e Santa Regina, conversaram com comerciantes e moradores, e construíram um panorama real sobre o preparo (ou a falta dele) da comunidade para lidar com eventos extremos, como enchentes ou ondas de calor.

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Aluna Gabriela Meiser e Raíssa Viana aplicando questionário com moradora de Camboriú durante a fase de pesquisa de campo do projeto selecionado para a FEBIC 2025 (Foto: Divulgação).

“A ideia era desenvolver estratégias que dialoguem com a realidade local, promovendo , engajamento e soluções sustentáveis”, destaca o projeto.

E deu certo: entre mais de 60 trabalhos, o grupo conquistou o 1º lugar no Projeto RECriar e garantiu vaga na etapa classificatória da FEBIC, que ocorre de forma virtual entre 23 de junho e 4 de julho. Se forem aprovadas, seguem para a fase presencial em Joinville, entre 8 e 12 de setembro.

Joana Baretta, Letícia da Silva, Eduarda Giordani, Raíssa Viana e Gabriela Meiser com o orientador Maurício Von Ahn durante a apresentação do projeto “Olhares Locais Sobre as Mudanças Globais” na escola (Foto: Divulgação).

Um colégio que acredita na ciência

A vitória das meninas não é um caso isolado. O Colégio Recriarte tem investido cada vez mais na pesquisa como ferramenta pedagógica. Desde 2024, a criação do cargo de Coordenador de Projetos fortaleceu ainda mais essa frente dentro da escola. A iniciação científica começa já no 6º ano do Ensino Fundamental e ganha força a partir do 9º, com atividades de produção de artigos, análise de dados e participação em feiras.

“Nosso objetivo é desenvolver o pensamento crítico, a curiosidade e a autonomia desde cedo. Isso transforma o aluno, e também transforma a cidade”, afirma a direção do colégio.

Não por acaso, o Recriarte tem trilhado caminhos importantes para além da sala de aula. Enquanto na iniciação científica a escola vem construindo um trabalho sólido e promissor, no esporte o colégio já é uma referência estadual e nacional. Com títulos como o heptacampeonato dos Jogos Escolares de (JESC), tetracampeonato dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s) e do Moleque Bom de Bola, além da recente vitória no Campeonato Catarinense Escolar de Futebol em 2024, o Recriarte mostra que aposta no talento dos seus alunos em múltiplas frentes — seja nos laboratórios, nas quadras ou nos campos.

Protagonismo que inspira

A conquista das cinco alunas também tem um valor simbólico: é o único projeto de Camboriú selecionado para a FEBIC neste ano. Mais que um prêmio, é um reconhecimento ao esforço coletivo, à educação de qualidade e ao papel transformador que a escola pode ter na vida de seus alunos.

“Estamos investindo em um futuro mais consciente, mais crítico e mais colaborativo. E isso começa aqui, dentro da escola”, conclui Maurício.

Que venham Joinville, as próximas feiras e os próximos projetos. Porque quando a educação abre espaço, o conhecimento faz o resto.

Quem serviu esse café?

Tihh Gonçalves

É jornalista no Café News. Acompanha os bastidores no fogo baixo e publica quando a fervura sobe.

Também assina a coluna Café de Segunda — amargo, ácido e passado na hora errada.

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