A confusão começou com piada — e seguiu como roteiro de comédia pastelão. Depois de um show em Balneário Camboriú, onde fez observações ácidas sobre a cidade, o humorista Afonso Padilha virou alvo de indignação oficial. A prefeita Juliana Pavan (PSD) gravou vídeo ofendida, o vereador Elton Garcia (PSD) tentou emplacar uma moção de repúdio e, no fim das contas, a Câmara não teve coragem nem pra votar o negócio.
Quer ver o vídeo do humorista? Clica aqui. Quer ver a reação da prefeita? Também tá aqui.
Com o plenário esvaziado, a proposta foi arquivada. Mas o episódio seguiu rendendo. Neste fim de semana, Padilha voltou a se apresentar e, claro, aproveitou pra tripudiar da situação. Com um vídeo recheado de ironia, disparou mais piadas e ainda soltou na legenda: “RETRATAÇÃO COM BC 🌚 Pronto prefeita.”
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No vídeo: mais zoeira e nenhuma retratação
Afonso começa o trecho comentando sobre envelhecimento e, de repente, já encaixa Balneário Camboriú na piada:
“Claro que não dá pra comparar com as véias de Balneário Camboriú, que é melhor nem fazer piada. Não é a hora. Cidade maravilhosa. Não tem puta. Mano, não tem puta.”
Entre elogios falsamente exagerados e críticas veladas, o humorista joga no ar que a cidade virou alvo fácil — porque deu palco:
“Eu arrumei problema com as meninas do job. As que eu gosto tanto. Elas estão putas. As putas ficaram putas.”
Assiste aí:
Gastaldi entra na roda
Quem também resolveu dar sua opinião foi o humorista catarinense Jorge Gastaldi. Em vídeo publicado nas redes, ele defendeu o direito à piada, criticou a distorção feita pela prefeita e ainda mandou um convite direto:
Confira o post dele:
O próprio Afonso comentou o post de Gastaldi: “Vale reforçar que eu perguntei pra você antes se ia dar problema hahahaha.” A resposta irônica mostra que, em vez de calar o comediante, a tentativa de censura virou combustível.
No fim, saiu pela culatra
A tentativa de barrar as piadas só colocou mais foco no humorista. A internet reagiu, o público comentou, os vídeos viralizaram. E Balneário Camboriú, que podia ter deixado o riso passar, acabou sendo retratada como a cidade que não sabe brincar.
Enquanto isso, problemas reais seguem à espera de atenção — mas não viram pauta na Câmara.
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