
Itajaí vem chamando a atenção do mercado imobiliário nacional. Um levantamento recente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revelou um crescimento expressivo de 15% no preço médio do metro quadrado na cidade, que agora atinge R$ 17,1 mil. O avanço coloca Itajaí atrás apenas de Balneário Camboriú, consolidando a cidade como um dos mercados mais aquecidos do Brasil.
Ranking das cidades mais valorizadas
Balneário Camboriú segue no topo da lista, com o metro quadrado mais caro da região, atingindo R$ 31,6 mil, uma alta de 4% em relação ao ano passado. Na sequência, Itajaí surge com R$ 17,1 mil/m², ultrapassando Florianópolis, que registra R$ 16 mil/m². Porto Alegre (R$ 13,7 mil) e Curitiba (R$ 13,2 mil) completam o ranking, apresentando valorização de 6% e 10%, respectivamente, em relação a 2023.
O que impulsiona o crescimento?
O desempenho de Itajaí surpreende, especialmente quando comparado a grandes centros como Florianópolis e Porto Alegre. Apesar de ter uma população menor, a cidade superou essas metrópoles no Volume Geral de Vendas (VGV) de lançamentos e transações, demonstrando um forte potencial de crescimento.
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Para Eduardo Luiz Agostini da Silva, presidente do Sinduscon de Itajaí, o crescimento imobiliário da cidade está diretamente ligado ao seu desenvolvimento econômico e qualidade de vida.
“A cidade oferece infraestrutura completa, um litoral paradisíaco e um ambiente de negócios favorável, atraindo investidores e novos moradores. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto entre setor privado, poder público e sociedade civil. Acreditamos que esse crescimento será sustentável e que Itajaí continuará se destacando no cenário nacional”, destaca Agostini.
Alta renda domina o mercado
O estudo da Abrainc também aponta uma predominância do segmento de alto padrão e luxo no mercado imobiliário de Itajaí. A participação do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) é reduzida na cidade, refletindo os altos preços dos imóveis, que dificultam o acesso à moradia para famílias de baixa renda.
“O mercado imobiliário catarinense segue promissor, impulsionado pela busca por qualidade de vida e pela beleza natural do estado. No entanto, é essencial que governo e setor privado trabalhem juntos para ampliar o acesso à moradia, por meio de políticas habitacionais mais eficientes e flexíveis”, pontua o presidente do Sinduscon.
Com um cenário favorável e perspectivas otimistas, Itajaí reforça seu posicionamento como um dos mercados mais promissores do Brasil, consolidando-se como uma alternativa forte aos grandes centros.