
A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, exonerou do cargo a diretora do Hospital Municipal Ruth Cardoso, Andressa Hadad. A decisão saiu na noite de segunda-feira (28) e já foi publicada no Diário Oficial do Município.
A mudança no comando da unidade ocorre poucos dias após a morte de um recém-nascido durante o parto, fato que causou forte comoção e revolta na cidade. Haddad era enfermeira e ocupava o cargo de diretora geral do hospital, onde trabalhava há anos.
Veja abaixo o registro no Diário Oficial com a exoneração:
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Exoneração e medidas imediatas
De acordo com a Prefeitura, a exoneração foi uma resposta à gravidade do caso e à necessidade de “revisão ampla” na condução da unidade. A Secretaria de Saúde também informou que abriu sindicância para apurar possíveis falhas no atendimento, afastou preventivamente o médico responsável e acionou tanto a Comissão de Óbito quanto o Comitê de Ética do hospital.
Além disso, os prontuários médicos da gestante foram solicitados e colocados à disposição da família. A empresa terceirizada à qual o profissional está vinculado foi formalmente notificada.
“Determinamos total transparência na apuração dos fatos e atenção máxima às famílias afetadas”, afirmou a prefeita Juliana Pavan.
O caso que desencadeou a crise
O episódio que acendeu o alerta vermelho aconteceu na noite de sexta-feira (25), quando Ragnar Ramos Leitemperger morreu durante o parto. A mãe, Dayla Fernanda Pedroso Ramos, tinha histórico de cesárea anterior e alegou que pediu para não passar por parto normal, segundo o relato do pai, Edemar da Silva Leitemperger.
Mesmo assim, o parto foi conduzido de forma natural e resultou em complicações severas. Dayla sofreu uma ruptura uterina e teve que passar por uma histerectomia total para sobreviver. Ela recebeu alta no domingo (27).
“Meu filho morreu. Eles conseguiram matar o meu filho. Agora minha esposa tá na sala de cirurgia e também acho que ela não sai de lá”, disse Edemar em vídeo divulgado nas redes sociais.
Após o sepultamento, o pai voltou a se manifestar, cobrando justiça e ironizando o suporte prestado pela Prefeitura.
Repercussão e próximos passos
A morte do bebê também está sendo investigada pela Polícia Civil. A Prefeitura garante que todos os dados do atendimento estão sendo analisados e que novos protocolos podem ser adotados para evitar novos casos como esse.
A exoneração de Andressa Hadad, embora não traga julgamento direto sobre sua atuação, marca o início de uma reestruturação nas lideranças do hospital. A nova direção ainda não foi anunciada.