
O drama vivido pela família Leitemperger em Balneário Camboriú escancarou a dor e a indignação que ainda ecoam na cidade. Ragnar Ramos Leitemperger morreu durante o parto na noite de sexta-feira (25), no Hospital Municipal Ruth Cardoso. A mãe, Dayla Fernanda Pedroso Ramos, enfrentou momentos críticos, mas recebeu alta médica no domingo (27).
Segundo relatos do pai, Edemar da Silva Leitemperger, a gestante apresentava histórico de cesárea anterior e pedia para não passar por parto normal. A equipe médica, no entanto, teria insistido no procedimento natural. Após complicações graves, Dayla sofreu uma ruptura uterina e precisou passar por uma histerectomia total para sobreviver.
“Meu filho morreu. Eles conseguiram matar o meu filho. Agora minha esposa tá na sala de cirurgia e também acho que ela não sai de lá”, relatou o pai, no auge do desespero.
Médico afastado e investigação aberta
A Prefeitura afastou preventivamente o médico responsável, ligado a uma empresa terceirizada, e instaurou uma sindicância interna para apurar o atendimento. A Comissão de Óbito e o Comitê de Ética do hospital foram acionados, e a Gestão de Qualidade iniciou a revisão de protocolos no setor de maternidade.
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Em nota, a Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú informou que está levantando indicadores de atendimento e analisando detalhadamente o prontuário médico da gestante. Além disso, a prefeita Juliana Pavan e o vice Nilson Probst estiveram no hospital no sábado (26) para prestar solidariedade à família e cobrar transparência na investigação.
Indignação pública e cobrança por justiça
Após o sepultamento do bebê, Edemar gravou um vídeo emocionado em frente ao túmulo simples do filho, usando tom irônico para criticar a assistência recebida da Prefeitura.
“Eu vim aqui para agradecer a prefeitura pelo espaço que cedeu para o meu filho. Agradecer as coroas de flores lindas, o caixão de primeira qualidade… Eu não vou descansar enquanto não botar todo mundo que foi responsável pela morte do meu filho para pagar”, disse.
Assista o vídeo:
O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil. A família afirma que busca justiça para que tragédias como essa não se repitam com outras mães.