Censura ou cena?

Câmara de Balneário Camboriú rejeita moção contra Afonso Padilha

Vereadores aliados da prefeita esvaziaram plenário e impediram votação da moção contra o humorista; proposta foi arquivada sem posicionamento oficial da Câmara
Redação Café News
Foto: internet/Divulgação.

O vereador (PSD) resolveu transformar piada em pauta política. Incomodado com falas do humorista durante um show em , ele apresentou uma moção de repúdio alegando que o comediante foi machista e desrespeitou a cidade. A iniciativa teve apoio da prefeita , também do PSD.

Mas na hora de votar, os colegas da base resolveram sumir. Literalmente. Com o plenário esvaziado, a moção não teve quórum e acabou arquivada, deixando o vereador falando sozinho e o caso sem posicionamento oficial da Câmara.

A polêmica

Padilha, conhecido por usar a própria vivência em periferias e suas observações sociais como combustível para o humor, foi acusado de ultrapassar o limite ao brincar com temas sensíveis durante uma apresentação na cidade. A repercussão gerou desconforto político — mas também dividiu opiniões sobre censura, liberdade artística e o papel do humor.

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“Nosso repúdio é contra qualquer manifestação que ataque a dignidade das mulheres e da nossa cidade”, disse o vereador Elton Garcia ao apresentar a moção.

Mas e agora?

O movimento de esvaziar a votação foi interpretado como uma tentativa de evitar desgaste político maior. Afinal, assumir publicamente uma posição nesse tipo de embate — ainda mais em ano pré-eleitoral — pode custar caro.

Show cancelado

Enquanto isso, o show que Padilha faria no dia 9 de maio em Balneário Camboriú já foi cancelado. E a cidade, que deveria ser palco de arte e diálogo, acabou virando cenário de uma tentativa frustrada de censura.

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