
O que parecia uma manhã comum na Escola Básica Professora Thereza Bezerra de Athayde, em Itajaí, virou caso de polícia e de alerta sobre saúde mental. Um servidor da unidade teve um surto relacionado à Síndrome de Burnout, abaixou as calças no pátio da escola e assustou quem estava por perto. O episódio aconteceu nesta terça-feira (22), durante o horário de aulas, e foi contido pela Polícia Militar, chamada pela direção da escola.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o servidor sofre com apagões provocados pelo Burnout — momentos em que perde a consciência e age sem perceber. Após o ocorrido, ele buscou ajuda psiquiátrica e foi imediatamente afastado das funções para tratamento.
Reação e medidas
A situação foi contida rapidamente e ninguém se feriu, mas o impacto emocional nos alunos e na comunidade escolar foi forte. Pais de estudantes reclamaram da falta de informação inicial, e só depois a Secretaria divulgou nota oficial explicando o que houve.
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“O profissional está em acompanhamento médico e, imediatamente após o acontecimento, procurou auxílio psiquiátrico para solicitar afastamento do serviço”, informou a Secretaria.
A escola seguiu com a rotina após o episódio, e a Secretaria afirma estar prestando apoio tanto ao servidor quanto à comunidade escolar. O caso escancarou o que muita gente vive em silêncio: o adoecimento mental de quem trabalha na educação.
Burnout não escolhe hora
O que aconteceu em Itajaí liga o alerta para o que já virou epidemia silenciosa nas escolas: o esgotamento extremo de professores e funcionários. Cobrados, sobrecarregados e muitas vezes sem apoio, profissionais da educação têm sido vítimas frequentes da Síndrome de Burnout.
O servidor envolvido segue afastado e em tratamento. Já a cidade, fica com a missão de transformar o susto em cuidado real com a saúde mental de quem educa.