O Papa Francisco, de 88 anos, faleceu nesta segunda-feira (21) em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. A informação foi confirmada oficialmente pela Santa Sé nas primeiras horas do dia, com o anúncio feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Igreja. Francisco morreu às 7h35 no horário local (2h35 em Brasília), após meses enfrentando complicações respiratórias.
Desde março, o pontífice se recuperava de uma pneumonia que o deixou hospitalizado por 38 dias no início do ano. Mesmo após receber alta, não voltou a participar de compromissos públicos, mantendo-se em repouso. A morte marca o fim de um dos papados mais significativos das últimas décadas, tanto pela simbologia – o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica – quanto pelo impacto social de sua atuação.
Simples como queria
O Vaticano já iniciou os preparativos para o funeral. O corpo de Francisco será trasladado para a Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (23), onde será velado por fiéis do mundo todo. O funeral, como ele mesmo desejou em reformas recentes ao rito papal, deverá ser simples e sem pompas, com cerimônia prevista para nove dias após o falecimento.
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“Esta manhã, às 7h35… o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja”, declarou o cardeal Farrell.
O mundo para
A notícia correu o mundo e gerou comoção imediata. Líderes mundiais, religiosos e civis expressaram pesar. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que “o mundo chora hoje” e destacou a humildade de Francisco. O presidente italiano Sergio Mattarella classificou o papa como “referência moral”. Joe Biden, católico e presidente dos Estados Unidos, disse que se considera uma pessoa melhor por ter conhecido Francisco.
Sinos tocaram em catedrais de diferentes países, e monumentos como a Torre Eiffel anunciaram o apagamento de suas luzes em homenagem. No Brasil, a morte do pontífice tomou as manchetes desde cedo — reflexo da forte conexão dos brasileiros com o papa “do povo”.
Do fim do mundo
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, foi eleito em 2013 e ficou conhecido por sua postura acolhedora, carismática e voltada aos mais pobres. Durante seus 12 anos de pontificado, buscou reformar estruturas do Vaticano, modernizar o discurso da Igreja e ampliar o diálogo com diferentes culturas e religiões.
Agora, a Igreja entra em período de luto e transição. Em breve, o Vaticano deverá anunciar a convocação do conclave que elegerá o sucessor de Francisco — o homem que entrou para a história como o papa que veio “do fim do mundo”, e que marcou sua jornada com a simplicidade dos grandes.
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