Governador Jorginho Mello participa do Café com Pastores do MEVAM em Itajaí, onde fé e política se misturam

O tradicional Café com Pastores do Ministério MEVAM, realizado neste sábado (1º) em Itajaí, teve um ingrediente extra: o discurso político. Criado há 23 anos para promover comunhão e troca entre líderes espirituais, o encontro foi palco para falas de exaltação à gestão estadual e à aliança entre fé e poder.

Entre bênçãos e discursos

O evento contou com a presença do governador Jorginho Mello, do prefeito Robison Coelho, do presidente da Câmara Fernando Pegorini e do deputado estadual Marcos da Rosa, responsável por articular a participação do governador. Os convidados foram recepcionados pelos pastores Luiz Hermínio e Edson Lapa, líderes do MEVAM, que destacaram a importância de “homens eleitos por Deus para governar”.

Em meio a orações e agradecimentos, o prefeito Robison Coelho citou investimentos no Hospital Marieta, na mobilidade urbana e a construção de uma nova escola de R$ 12 milhões. Já o deputado Marcos da Rosa ressaltou o “papel dos cristãos na transformação da nação”.

Do púlpito ao palanque

O governador apresentou um vídeo com ações de sua gestão e aproveitou o púlpito para defender valores de fé, família e trabalho. “Santa Catarina é o único estado que não aumentou impostos e, ainda assim, investe mais. O importante é aliviar a dor das pessoas”, afirmou Mello, em tom mais próximo de campanha do que de celebração espiritual.

O cruzamento entre fé e poder

O Café com Pastores, nascido como espaço de oração e comunhão, mostra agora uma faceta diferente: a de ponto de encontro entre a política e o púlpito. A presença cada vez maior de autoridades em eventos religiosos reforça o uso da linguagem da fé como ferramenta de aproximação política — um fenômeno que cresce em Santa Catarina e no país.

O que vem pela frente

Com a aproximação entre o governo e o público evangélico, o MEVAM se consolida como um dos polos mais influentes desse diálogo. O desafio, porém, continua o mesmo: preservar a espiritualidade em meio à estratégia política — uma fronteira cada vez mais borrada nas alianças de poder.

Este café foi servido com informações de Patrick Schneider.