Feira da Orla movimenta a Barra Sul em Balneário Camboriú
Mesmo com o tempo chuvoso, evento teve segunda edição com grande adesão do público.

Mesmo com o tempo nublado e com chuva a partir do fim da tarde, a Feira da Orla de Balneário Camboriú movimentou a Barra Sul na quarta-feira (12). Com a Praia Central como cenário, o evento ocorreu no trecho revitalizado do calçadão da Avenida Atlântica, entre as ruas 4400 e 4600.
Esta foi a segunda edição oficial da feira, que será realizada todas as quartas-feiras até o fim do ano, das 14h às 22h, no mesmo local, com música ao vivo. Promovido pela Prefeitura de Balneário Camboriú, por meio da Fundação Cultural, o evento pôde ser avaliado pelo público através de um QRCode disponibilizado em cada tenda. Com base nas respostas, a Prefeitura deverá decidir se deve tornar a Feira da Orla fixa, como as demais feiras do município.
Novos rostos e sabores
Comercializam seus produtos 40 expositores, que são artesãos e representantes da cultura alimentar. Muitos estrearam na feira, como Bianca Pereira, que fez sucesso com seus picolés artesanais para humanos e para pet, o Picopét.
“A gente já era cliente das feiras de Balneário Camboriú. Sempre curtimos o ambiente, que é bem acolhedor. Agora como feirante é uma experiência nova nesse ambiente gostoso, com música e tudo que é tipo de gastronomia”, contou Bianca, que, com o marido, está à frente da Casa do Pipelé na Feira.
Entre os consumidores dos picolés de Bianca estava a família de Rafaela Sartori.

“A feira está bem variada, tem de tudo para agradar a todos. Pegamos as crianças e viemos aproveitar o fim de tarde aqui”, comentou Rafaela, que estava acompanhada do marido e dos dois filhos.
A artesã Ana Carolina Martinez Ribeiro também estreou como feirante na quarta-feira vendendo velas aromáticas artesanais na tenda Brisa Aromas. Em formatos de barco, estrela, baleia, concha, entre outros, as velas eram comercializadas antes pelas redes sociais e em eventos particulares.
“As feiras de Balneário Camboriú sempre me chamaram a atenção. Vi que havia um edital aberto para a feira e me cadastrei. É incrível estar aqui, uma experiência muito bacana. A organização e os feirantes são muito acolhedores, recebi ajuda para montar a tenda”, relatou.
Tradições e expectativas
Já Manolo Rodríguez é feirante desde abril deste ano, com a Paella do Manolo, prato da culinária espanhola. Nascido na Espanha, Manolo está há 23 anos em Balneário Camboriú, onde atuou como fotógrafo profissional. Na pandemia, ele voltou ao seu país de origem para cuidar dos pais. Quando regressou, havia perdido os clientes. Como bom espanhol, já sabia fazer paella desde jovem, tradição familiar.
“Decidi que ia tentar a feira e fazer uma coisa que sempre gostei. Fiquei dois anos na fila da feira. Estou achando ótima a Feira da Orla, o posicionamento dela é muito bom, à beira-mar. A cidade precisa disso. Vai ser muito bom para a Barra Sul. Imagina no verão!”, instigou o feirante.

Entre o público, muitos aproveitaram as mesas e cadeiras para saborear os produtos e outros percorreram as tendas. Regina Pilati da Silva e o filho, Samuel, estavam fazendo, literalmente, a feira. Já tinham comprado bebida, queijo, tempero, pipoca, bolacha e ainda continuavam passando pelas tendas.
“É muito legal, é bem organizada e diversificada”, opinou Regina, moradora do Bairro da Barra.
Avaliação positiva
A pesquisa de satisfação foi respondida por 62 pessoas. Todas adquiriram produtos no evento e avaliaram positivamente a feira. No item sobre o que mais chamou a atenção, o público mencionou a localização, a organização, a música, a variedade de produtos, o atendimento dos feirantes, entre outros aspectos. Sobre o que pode ser melhorado, foi sugerida a instalação de banheiros e mais mesas e cadeiras.
“Ficamos muito felizes com o resultado da pesquisa de satisfação, especialmente porque 100% das pessoas entrevistadas consumiram na feira. Isso reforça algo que sempre defendemos: feira também é geração de renda, é economia criativa funcionando na prática. Hoje, as feiras livres são um dos principais atrativos culturais da cidade, e vê-las ocupando novos bairros e alcançando novos públicos mostra que estamos no caminho certo. Descentralizar a cultura e fortalecer esses espaços é um compromisso do plano de governo da prefeita Juliana Pavan, e estamos trabalhando diariamente para tornar isso realidade”, destacou o diretor de Artes da Fundação Cultural, Ed Rocha Jr.
Este café foi servido com informações da jornalista Silvana de Castro.
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