PESQUISA: Queda precoce de Jorginho Mello expõe desgaste no governo catarinense
Os números desmontam o discurso de aprovação recorde e mostram um governo em curva descendente.

A pesquisa Neokemp, divulgada pela Gazeta do Povo, acendeu o alerta no governo catarinense. O levantamento mostra que o governador Jorginho Mello (PL) perdeu apoio antes mesmo de a campanha começar, registrando queda nos dois cenários testados. O recuo precoce chama a atenção e evidencia que o desgaste político já não é um ponto isolado.
Foram entrevistadas 1.008 pessoas em 87 municípios entre os dias 20 e 21 de outubro. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. Nos dois cenários simulados, Jorginho caiu de 46% para cerca de 41%, revelando uma perda de fôlego que preocupou aliados próximos e assessores do Centro Administrativo.
A diferença nos números reforça uma tendência: o governador, mesmo com a visibilidade do cargo e o uso da estrutura administrativa, perdeu tração em um momento em que a exposição deveria gerar o efeito oposto. O cenário mostra que parte do eleitorado conservador moderado começa a se distanciar, refletindo um cansaço da imagem e do discurso de gestão.
Entre os envolvidos, a pesquisa ainda aponta a presença do presidente do Sebrae, Décio Lima (PT), com 16% das intenções de voto — praticamente consolidando o piso histórico da esquerda no estado. O petista mantém o espaço eleitoral estável e aparece com rejeição menor que a de Jorginho, o que reforça o contraste de humor do eleitor.
O recado das urnas simuladas é claro: o governador enfrenta uma rejeição de 21,3%, superior até mesmo à de nomes da esquerda. A narrativa de aprovação recorde perde força diante de um cenário em que o eleitor já demonstra impaciência com a falta de resultados concretos. O discurso de eficiência e entrega parece não resistir à realidade da gestão.
Com o aumento de indecisos e votos brancos e nulos — que saltaram para 22,2% —, Jorginho Mello corre o risco de ver essa desmobilização afetar diretamente seu desempenho. Se o movimento continuar, o governador precisará agir rápido para reconstruir a confiança do eleitor antes que o desgaste se consolide.
O que vem pela frente dependerá das próximas pesquisas. Caso a tendência se repita, a curva descendente pode se transformar em um cenário de disputa real e imprevisível. É o tipo de momento em que a comunicação, a imagem e os resultados precisam conversar — e, por enquanto, nada disso parece estar no mesmo tom.
Este café foi servido com informações da Gazeta do Povo e Instituto Neokemp
Este café foi servido com informações da Gazeta do Povo e Instituto Neokemp.
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