7º Arrancadão de Canoas movimenta Balneário Camboriú
Show da banda Dazaranha encerrou a programação do evento, que marca o fim da safra da tainha.
O 7º Arrancadão de Canoas Artesanais, realizado em Balneário Camboriú neste fim de semana, foi um sucesso. Durante o sábado (2) e domingo (3), um grande público prestigiou as atrações na estrutura montada nas areias da Praia Central, na altura da Rua 4400.
Receba cafés fresquinhos de informação — notícias leves, rápidas e sempre quentinhas.
Entrar no grupo
Organizado pela Prefeitura, por meio da Fundação Cultural, em parceria com o grupo Arrancadão, o evento celebrou o término da safra da tainha com a tradicional gincana entre pescadores, atrações musicais e praça de alimentação.
O encerramento do evento foi marcado pelo show da banda Dazaranha, que subiu ao palco no fim da tarde de domingo (3), com sucessos como “Vagabundo confesso”, “Salão de festa a favor”, “Afinar as rezas”, “Dia lindo”, “Mané”, entre outros.
“Foi um grande evento, uma linda festa. A pesca artesanal da tainha faz parte das origens e raízes da nossa cidade e, devido a sua importância, tanto histórica quanto econômica, merece toda atenção. É uma forma de valorizarmos esta cultura e quem vive da pesca em Balneário Camboriú”, ressalta a prefeita Juliana Pavan.
Esta foi a primeira vez que todas as atividades do Arrancadão foram concentradas no mesmo espaço, trazendo também a participação de feirantes.
“Até o ano passado, somente as provas eram realizadas na Praia Central, as demais atrações aconteciam na Praça do Pescador, na Barra. Então, tanto os participantes quanto o público precisavam se deslocar para prestigiar toda a programação. Nesta edição, montamos uma grande estrutura e trouxemos todas as atividades para um único lugar”, explica o diretor-presidente da Fundação Cultural, Allan Müller Schroeder.
A mudança, segundo o diretor-presidente, deu certo.
“O evento foi muito positivo e superou nossas expectativas”, pontua.
O integrante da equipe Arrancadão e um dos organizadores da gincana, Ronan Vignoli Pinheiro, também comemorou o sucesso do evento. Segundo ele, cerca de 50 pescadores da região participaram das provas, que envolveram disputas de arremesso de tarrafas, cabo de guerra, dominó e pênalti, além do famoso arrancadão de canoas, o ponto alto das disputas.
“Tivemos a participação de pescadores de BC, de Itapema, Bombinhas, Florianópolis, Gamboa, Praia do Sonho, Governador Celso Ramos, de toda a região”, afirma.
O objetivo do evento, segundo Ronan, é promover a confraternização entre pescadores e comunidade em geral.
“O Arrancadão de Canoas marca o fim da safra, reconhece nossos pescadores e valoriza a pesca artesanal”, ressalta.
O pescador Sidnei Oliveira, da praia de Taquaras, participa das provas todos os anos. Para ele, é uma oportunidade de unir os ranchos de pescadores, as famílias e, assim, fortalecer a atividade.
“É uma grande confraternização. Independente do resultado das provas, todos se divertem”, garante.
Já o morador do Bairro da Barra, Alcione Serrão, que pesca na praia de Laranjeiras, esteve presente nas disputas pela quarta vez.
“É importante prestigiar o evento, pois é uma forma de valorizarmos os pescadores e manter viva essa tradição na cidade”, afirma.
Quem prestigiou o evento, também aprovou a programação, como o casal Adriana Mavazak e Oséias Soares, que veio de São João Batista.
“Vi que teria o evento na televisão e como meu marido gosta de pescar, resolvemos vir prestigiar. Gostamos muito do evento, estava tudo muito bem organizado. Pretendemos voltar no próximo ano”, afirma Adriana.
A safra da tainha começou em 1º de maio e terminou na quinta-feira (31). Em Balneário Camboriú, são nove pontos identificados para a pesca espalhados nas praias do município. Nesta safra, foram capturadas cerca de 15 mil tainhas. Comparado com 2024, quando foram obtidas cerca de 75 mil, a quantidade é pequena.
“Este ano não bateu o vento sul como o esperado. O vento sul traz essas tainhas do Rio Grande do Sul em direção ao norte de Santa Catarina. Não houve essas condições climáticas favoráveis para que tirasse o peixe da Lagoa dos Patos e colocasse ele a navegar costeando as praias. O peixe saiu para fora, distante das praias”, explica o coordenador de Pesca e Economia Artesanal da Secretaria do Meio Ambiente, Laercio Demétrio.
Este café foi servido com informações da jornalista Kássia Dalmagro.