Camboriú é cultura

Musical "A Aliança dos Guardiões" encanta na estreia e leva consciência ambiental ao palco em Camboriú

Espetáculo reúne folclore, sustentabilidade e talentos locais em uma montagem emocionante dirigida por Suelen Jönck e produzida por Julia Yuki Yoshimura, em parceria com a Fundação Cultural de Camboriú

tihhgoncalves 06 de junho de 2025

Integrantes do elenco principal do musical, responsáveis pela parte teatral da montagem (Foto: Divulgação/Organização do Musical)
Integrantes do elenco principal do musical, responsáveis pela parte teatral da montagem (Foto: Divulgação/Organização do Musical)

Camboriú foi invadida por seres mágicos nesta quinta-feira (6). Curupira, Iara, Saci e outras figuras do folclore brasileiro tomaram conta do palco do auditório do IFC durante a pré-estreia do musical A Aliança dos Guardiões.

Em duas sessões especiais para alunos da rede pública, o espetáculo encantou crianças e educadores com uma mistura envolvente de dança, teatro, música e uma mensagem urgente sobre sustentabilidade.

Quando arte e propósito se encontram

A montagem nasceu das ideias da artista Suelen Jönck, com produção de Julia Yuki Yoshimura. Viabilizado pela Lei Aldir Blanc, através da Fundação Cultural de Camboriú, o projeto mostra como políticas públicas bem aplicadas podem gerar impacto direto na formação de consciência ambiental, especialmente entre crianças.

O musical foi viabilizado com recursos da PNAB – Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, edição de 2024, executada em 2025 pela Fundação Cultural de Camboriú. A lei federal tem como objetivo fortalecer a cultura em todo o país, com incentivo direto a projetos locais. Para a equipe do espetáculo, essa política foi essencial para transformar a ideia em realidade.

A ideia surgiu depois de um projeto anterior, quando percebi que queria apresentar algo mais concreto no palco. Como estudo dança e agora estou na licenciatura em artes cênicas, o teatro musical acabou sendo o caminho natural”, conta Suelen.

A escolha do tema não demorou: “Pensamos em assuntos que precisavam ser discutidos e a sustentabilidade veio de imediato. Decidimos unir isso ao folclore, trazendo personagens como o Curupira, a Iara e o Saci, que já têm em sua origem uma relação com a proteção da natureza.

A história que ganhou o coração das crianças

O musical narra o nascimento da floresta Amazônica e sua relação harmônica com os seres da mata. Mas esse equilíbrio se perde com a chegada dos humanos, e cabe aos guardiões folclóricos restaurar a paz antes que seja tarde.

Tudo isso contado com dança, humor e emoção. E funcionou.

Durante a pré-estreia, realizada como parte da Semana do Meio Ambiente, as crianças vibraram a cada cena. O espetáculo conseguiu entregar leveza sem perder profundidade.

Fala quem apoia

Para o presidente da Fundação Cultural, Felipe Ponte, o impacto é claro:

“Esse espetáculo resgata o folclore brasileiro e traz a preservação ambiental como tema central. Isso é essencial para a conscientização das crianças, que são as futuras guardiãs do meio ambiente.”

Ele também reforça o valor das políticas culturais:

“Elas dão visibilidade aos artistas locais e garantem o apoio financeiro que a cultura precisa para acontecer. Os artistas se dedicam, ensaiam, criam, e essas políticas ajudam a valorizar esse trabalho.”

Equipe por trás do musical: Josilene, Suelen Jönck, Julia Yuki Yoshimura e Felipe Ponte, no palco após a apresentação (Foto: Divulgação/Organização do Musical)
Equipe por trás do musical: Josilene, Suelen Jönck, Julia Yuki Yoshimura e Felipe Ponte, no palco após a apresentação (Foto: Divulgação/Organização do Musical)

Bastidores com alma e suor

A Suelen não só dirigiu. Ela escreveu roteiro, compôs música, costurou figurino, editou som e até colocou microfone no elenco. “Foi desafiador, mas muito gratificante. Trabalhei com pessoas incríveis, que queriam estar ali. Isso fez toda diferença.

Ela também reforça um ponto que carrega com orgulho:

> *“Criar arte no Brasil não é fácil. Muitos artistas amadores acabam pagando pra trabalhar. Um dos objetivos era justamente valorizar quem está no palco.”*

Quando o talento começa cedo

Outro destaque da montagem é a participação de crianças no elenco, que foram coreografadas pela Julia Yuki Yoshimura. As pequenas artistas integram oficinas de dança oferecidas gratuitamente pelo município, dentro da Fundação Cultural de Camboriú.

Esse incentivo direto à arte e à formação cultural das novas gerações reforça o papel transformador da cultura desde cedo, dando espaço, visibilidade e voz para que novos talentos floresçam no palco e na vida.

Artistas da pré-estreia do musical, incluindo elenco teatral e bailarinas das oficinas culturais da Fundação (Foto: Divulgação/Organização do Musical)
Artistas da pré-estreia do musical, incluindo elenco teatral e bailarinas das oficinas culturais da Fundação (Foto: Divulgação/Organização do Musical)

O que vem pela frente

A estreia oficial será no dia 27 de junho, também no IFC, com sessão aberta ao público.

Depois disso, mais duas apresentações já estão confirmadas:

  • 08 de agosto – Sessão fechada para alunos (IFC)

  • 12 de outubro – Teatro Municipal Bruno Nitz, em Balneário Camboriú (aberta ao público)

Para acompanhar tudo, siga o @aliancadosguardioes_musical e o @culturacamboriu no Instagram.

Celebração da cultura que é nossa

“A Aliança dos Guardiões” é mais do que um espetáculo. É um manifesto em cena pela preservação da natureza e pela valorização da nossa identidade. Celebra o folclore com orgulho, dá voz a artistas locais, emociona com propósito e mostra que Camboriú tem talento, sensibilidade e força criativa para emocionar o Brasil inteiro.

Ficou curioso pra ver um pouco de como foi esse dia mágico? Assista ao vídeo da pré-estreia publicado pela Fundação Cultural:

Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @culturacamboriu

Que venham mais palcos, mais aplausos e mais arte feita por nós.

Arte que emociona, ensina e transforma. Viva a nossa cultura!